Akram Alian e Meytal Galilee, autores do estudo do Instituto de Tecnologia de Israel, acreditam que essas descobertas podem abrir as portas para novos medicamentos para combater o HIV-1, que é resistente aos medicamentos disponíveis. O estudo foi publicado na PLOS Pathogens.
No entanto, nem todas as pessoas com HIV que recebem medicamentos antirretrovirais atingem nível sanguíneo indetectável do vírus, e alguns indivíduos com HIV podem desenvolver resistência a esses medicamentos.
Com isso em mente, os cientistas buscam desenvolver novas drogas para o HIV e acreditam que os gatos podem ajudar a suprir essa necessidade.
No FIV, a transcriptase reversa é resistente aos inibidores da transcriptase reversa, drogas antirretrovirais que podem bloquear essa proteína em pessoas com HIV.
Há uma preocupação de que o HIV possa desenvolver a mesma resistência a esses medicamentos que o FIV, mas, caso isso aconteça, os resultados do novo estudo podem já ter encontrado uma resposta.
Usando técnicas de purificação e cristalização, Alian e Galilee decifraram a estrutura 3D da proteína da transcriptase reversa do FIV, que revelou os mecanismos por trás da resistência da proteína aos antirretrovirais.
A equipe descobriu que a proteína da transcriptase reversa dentro do FIV gera uma "bolsa fechada" que impede que os inibidores da transcriptase reversa efetivamente se liguem a ela, tornando-a resistente aos medicamentos.
Eles dizem que suas descobertas podem não apenas levar a novos tratamentos para o FIV, mas também abrir caminho para futuros tratamentos para o HIV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário