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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Outubro Rosa Pet alerta para necessidade de prevenir câncer de mama em cadelas e gatas


Quando castradas até o primeiro ano de vida, cadelas e gatas têm menos de 10% de chance de desenvolverem tumores nas mamas. O mesmo não acontece após os 3 anos, quando a retirada dos ovários e do útero, apesar de continuar sendo indicada, deixa de ser medida preventiva. 

“Depois do terceiro cio, a castração para fins de evitar tumor de mama não tem efeito, já que a carcinogene (transformação de células saudáveis em cancerígenas) pela presença de hormônios já terá acontecido”, esclarece o veterinário Luiz Flávio Telles, coordenador do Serviço de Oncologia do Santo Agostinho Hospital Veterinário, em Belo Horizonte.

O especialista lembra, ainda, da importância da detecção precoce dos nódulos, o que determina também o estadiamento (extensão do câncer) da doença, fator crucial para tratamento e cura dos tumores malignos. “Ensinamos os tutores a avaliarem as mamas dos pets, assim como a mulher realiza o auto-exame. Por menor que seja o nódulo, quanto antes for detectado, menores as chances de ficarem agressivos”, alerta. 

Quanto antes, melhor
personal trainer Marina Helena Dias, de 34 anos, sabe bem da importância do ditado “melhor prevenir do que remediar”. Há oito anos, a cadelinha Vitória, hoje com 11, foi diagnosticada com o primeiro tumor mamário, durante um exame de rotina. Ela não havia sido castrada. “Sabia da importância (da castração), mas acabei postergando”, reconhece. 
Após passar por cirurgia de remoção das cadeias mamárias, Vitória foi submetida a quimioterapia e, atualmente, esbanja saúde. “Achei o tratamento realmente o máximo. Não sabia que já estava tão desenvolvido, como nos humanos. Fiquei bem feliz com o resultado”, comemora Marina. 
Nos machos, a castração é indicada como prevenção para outros tipos de tumores, como o de testículos. 

Nas fêmeas, além de prevenir neoplasias, a cirurgia evita a pseudociese ou gravidez psicológica. Conforme a veterinária Mariana Ricci de Athayde, da Petland Paraíso, em São Paulo, os hormônios ovarianos atuam nas glândulas mamárias, estimulando a produção de leite e, em alguns casos, levando à inflamação das mamas. “Esse processo de inflama e desinflama pode favorecer o surgimento de células neoplásicas e levar a alterações celulares anormais”, reforça.

Tumor de pele pode ser evitado com uso de filtro solar
Outros tipos de tumores malignos que podem acometer os animais domésticos acabam, muitas vezes, negligenciados ou passando despercebidos aos olhos dos donos. É o caso do câncer de pele, prevalente em animais de pelo branco e albinos. A dica é ficar atento aos hábitos dos pets e isso inclui cães e gatos, evitando que se exponham ao sol, e utilizar protetor solar específico para bichos. Manchas e verrugas devem ser investigadas.
A veterinária Andréia Turchetti, do Life Hospital Veterinário, em Belo Horizonte, explica que a doença costuma se manifestar com manchas ou pequenas feridas nas pontinhas das orelhas e focinho – mais expostos nos banhos de sol. Ela ressalta, porém, que mesmo as verrugas, muitas vezes associadas à idade do pet, também devem ser avaliadas por um profissional. 
“Muita gente vê, acha que é ‘coisa da idade’ e acaba não se preocupando tanto. Mas o ideal é levar ao veterinário, que dará o diagnóstico correto. Algumas são benignas, os adenomas sebáceos, que acontecem muito em maltês e nos poodle mais velhinhos. Mas toda verruga deve ser investigada”, reforça, alertando que, assim como nos humanos, quanto antes for descoberto o tumor, maiores as chances de cura.

Mais suscetíveis
Além dos animais de pelagem clara, algumas raças são mais suscetíveis ao câncer de pele, como os pitbulls, propensos ao mastocitoma, tipo de nódulo aparentemente inofensivo. “Ele não costuma chamar tanta atenção, mas se não for retirado no início pode gerar grandes complicações, levando, inclusive, ao óbito”, ressalta Andréia Turchetti. 
Geralmente, esse tipo de tumor manifesta-se nos membros (patas) e na região do peitoral do animal, podendo surgir, ainda, em órgãos como fígado e baço.
A raça boxer também é bastante suscetível às neoplasias malignas, podendo manifestá-las na pele ou internamente, em órgãos.
“São tumores mais graves e, às vezes, quando o dono descobre, não há mais tempo para serem tratados. Não acredito que raios-X devam ser feitos em todos os animais, mas nesses casos, sim, além de uma boa avaliação clínica. Seguramente, 90% dos boxers irão morrer de câncer”, enfatiza a veterinária. 


Diferentemente do tratamento voltado para humanos, a quimioterapia dirigida aos animais visa à qualidade de vida e não somente ao combate do câncer. Por este motivo, ressalta a veterinária Andréia Turchetti, cães e gatos não costumam ter tantos efeitos colaterais. Apenas em 20% dos casos há sintomas como enjoos e diarreias, controláveis com medicamentos e em casa. “Conseguimos resultados muito bons com poucos efeitos colaterais. A quimio no cachorro é para dar qualidade de vida, logo as doses não são altíssimas, como no humano. Às vezes, só queremos manter a doença sob controle”, reforça. 

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