Captando a Magia do Universo

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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Por que a insuficiência renal é o maior inimigo dos gatos? EUA já fazem transplante...





Conhecida como o “mal dos gatos”, a insuficiência renal é uma doença moderna que atinge um grande número de felinos, e os leva à morte. Moderna porque é resultado da alimentação atual dos felinos: basicamente, ração seca. Usar uma ração de boa qualidade, as chamadas “premium” e “super premium”, ajuda a prevenir a doença, mas não é garantia de que o gato está livre do perigo.

Por melhor que seja a ração, felinos têm dificuldade de processar o sal, os corantes e outros ingredientes que a compõem. Com o passar dos anos, desenvolvem doenças do trato renal, infecções urinárias e, por último, a insuficiência e falência renal.

Angélica Klaussner, que é veterinária especialista em felinos, comenta que essa não é somente uma condição da idade ou nutricional. “A doença é própria da espécie, que já que existe uma pré disposição genética, agravada pelo cruzamento entre gatos da mesma família."

O que fazer? Incluir nas refeições dos bichos a comida úmida (aquelas que vêm em sachês e latinhas) e alimentação natural, como pedaços de carne, frango e peixe, diariamente.



Fique de olho nos sinais 

Os sintomas iniciais são perda de peso progressiva, aumento do consumo de água, vômitos basicamente líquidos e urina em maior quantidade. Muitas vezes, a doença é confundida com a diabetes, por isso é importante que o gato seja examinado assim que você perceber os primeiros sintomas. “Os exames laboratoriais necessários para diagnóstico são: função renal, urina, ultrassom e hemograma”, afirma Angélica.



Tratamento 

Se diagnosticada no estágio inicial, maiores são as chances de reversão do quadro. “O tratamento indicado é controle nutricional, porque o animal precisa de alimentos com baixas taxas de proteína, fluidoterapia, ou seja, aplicações endovenosas de soro, e medicamentos para corrigir a anemia e a proteinuria do animal, que é a proteína eliminada pela urina.”

A alternativa é realizar a diálise, um procedimento que consiste em injetar um fluído na região peritoneal, deixar por algumas horas (dependendo do caso) e depois todo o líquido é retirado. O efeito clínico é inferior ao da hemodiálise.


Transplante de rim





Nos Estados Unidos, algumas universidades já realizam o transplante de rim em gatos. O gato é avaliado e, se houver chance do transplante ser bem-sucedido, um exame de sangue é feito para determinar a compatibilidade, e o doador é escolhido.

O doador é um dos muitos gatos adultos mantidos pelas universidades, com excelente saúde. O dono do animal que receberá o rim é obrigado a adotar o doador, pois nenhum bicho é sacrificado nos programas das universidades. Nada mais justo.



Como é a cirurgia 

O transplante é realizado por veterinários especializados em cirurgias vasculares. As cirurgias do doador e do receptor são realizadas simultaneamente. O procedimento todo leva de quatro até seis horas.

O gato transplantado tem alta após cerca de 14 dias, quando passa  a ter um acompanhamento semanal. Se tudo estiver correndo bem, as visitas são espaçadas. Ainda assim, exames são feitos em intervalos de três ou quatro meses, e o gato ficará em constante observação.

As maiores complicações depois do transplante estão relacionadas à rejeição do órgão ou complicações associadas à imunidade do animal, como infecções, diabetes e câncer. A rejeição exige um tratamento rápido e agressivo para evitar a perda do novo rim.



Sobrevida 

O custo da cirurgia nos Estados Unidos é de, aproximadamente, US$ 8 mil, e entre 60% e 70% dos gatos transplantados vivem cerca de mais um ano com boa saúde. O mais velho sobrevivente viveu oito, após a cirurgia.

Mas o transplante é mais um tratamento para a  falência renal, e não a cura. O objetivo é proporcionar uma boa qualidade de vida ao gato. Entretanto, uma expectativa de vida normal ainda não é possível e, infelizmente, o transplante de rim em gatos ainda não é realizado no Brasil.

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