Nise da Silveira foi uma importante médica psiquiatra. Alagoana, dedicou sua vida à psiquiatria, e o que a difere dos outros é o fato dela ter se manifestado radicalmente contrária às formas agressivas de tratamento da época, como eletrochoque, insulinoterapia e lobotomia.
Nise implantou a terapia com animais, especialmente com gatos, em hospitais psiquiátricos. Ela foi pioneira na pesquisa das relações emocionais entre pacientes e animais, que costumava chamar de co-terapeutas. Ela percebeu a possibilidade de tratamento observando um paciente a quem delegara os cuidados de uma cadela abandonada no hospital. Ele melhorou a partir da responsabilidade de tratar do bichinho como um ponto de referência afetiva estável em sua vida. Parte deste processo ela expõe em seu livro “Gatos, A Emoção de Lidar”, publicado em 1998. A médica era uma apaixonada por gatos e o gatinho dela, o Carlinhos, era seu companheiro de todas as horas (e aparece com ela em muitas fotos).
Além de trabalhar a afetividade dos pacientes com os animais, Nise investiu também na “arte” contida nos internos. Eles tiveram oportunidade de expor em pinturas e outros trabalhos artísticos tudo o que sentiam, sonhavam, desejavam.
A vida de Nise foi marcada pela dificuldade para convencer outras pessoas de que o melhor tratamento não era o de eletrochoque e remédios. Nise também foi presa, sabiam? Pois é. A vida dela foi tão incrível que merecia virar filme.
“Nise – O coração da Loucura” levou o Troféu de Melhor Filme em Festival de Tóquio e percorreu vários países colecionando elogios de críticos e público.
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