Captando a Magia do Universo

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sábado, 12 de setembro de 2015

Meditação protege o cérebro de sinais de envelhecimento





Silhouette yoga woman sitting on sea coast at sunset.; Shutterstock ID 126613025; PO: aol; Job: production; Client: drone
A meditação é boa para o cérebro. E uma nova onda de pesquisas está relacionando esta antiga prática a muitos benefícios cognitivos, tais como maior atenção e foco, habilidades para redução dos sintomas de ansiedade e depressão, melhora do controle cognitivo e do funcionamento do corpo.
“De acordo com um novo estudo, publicado na revista Frontiers in Psychology, a meditação também pode proteger o cérebro contra os efeitos do envelhecimento. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e da Universidade Nacional da Austrália descobriram que o cérebro de praticantes da meditação, de longa data, é menos afetado pelo envelhecimento do que o cérebro de pessoas que não meditam”, afirma a geriatra Elaine Kemen Maretti.
Na verdade, o cérebro começa o seu processo de declínio a partir dos 20 anos de idade e continua a diminuir em volume e em peso com o avançar da idade. “A meditação, além de impulsionar o bem-estar emocional e físico, em qualquer momento da vida, pode ser uma maneira eficaz de prevenir doenças neurodegenerativas, como a demência, o Alzheimer e o Parkinson, bem como ajuda a evitar que parte do declínio cognitivo normal que vem com o envelhecimento aconteça. A estratégia é livre e não apresenta nenhum efeito colateral”, observa a geriatra.
O novo estudo baseia-se numa pesquisa de 2011, da mesma equipe, que mostrou que pessoas que meditam apresentam menos atrofia relacionada com a idade na parte branca do cérebro, que compõe quase a metade do cérebro e é composta de fibras nervosas que o cérebro usa para se comunicar.
No estudo atual, os pesquisadores analisaram a relação entre a meditação e a preservação da massa cinzenta do cérebro, tecido onde ocorre a cognição e onde as memórias são armazenadas. Eles examinaram dados dos cérebros de 100 participantes, onde 50 pessoas meditavam, em média, há 20 anos, e 50 pessoas não meditavam.  Ambos os grupos eram constituídos por 28 homens e 22 mulheres entre as idades de 24 e 77 anos.
Os cérebros dos participantes foram examinados por meio de ressonância magnética. Embora ambos os grupos mostrassem uma diminuição da massa cinzenta com a idade mais avançada, os participantes que meditavam, por mais tempo, apresentavam reduções menores no volume de massa cinzenta do que aqueles que não meditavam.
“Segundo os pesquisadores, nos participantes que meditavam, a relação entre a perda de massa cinzenta e a idade não foi tão pronunciada. Surpreendentemente, essa relação não foi tão pronunciada em muitas regiões do cérebro. Os pesquisadores esperavam ver isso em apenas algumas regiões pequenas do cérebro, mas o que eles viram foi que quase todo o cérebro estava preservado, o que foi uma grande surpresa”, conta Elaine Maretti.
Embora os resultados não provem causalidade, pois personalidade, fatores de estilo de vida e as diferenças cerebrais genéticas também podem desempenhar um papel no processo de perda de massa cinzenta, eles são certamente promissores.
O próximo passo para a pesquisa seria um estudo longitudinal com o objetivo de rastrear os cérebros de um grupo de meditadores e não meditadores, ao longo de muitos anos, para examinar as mudanças que ocorrem como resultado direto de anos de meditação.
“Num momento em que os povos ocidentais estão vivendo mais, mas experimentando taxas mais elevadas de doença de Alzheimer e de outras doenças neurodegenerativas, a pesquisa é um lembrete importante: a mente pode exercer uma influência duradoura sobre a saúde do cérebro”, avisa a médica.

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